Educar é impregnar de sentido o que fazemos a cada instante! ( Paulo Freire)

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Tempo histórico

Tempo histórico
Assim como podemos contar o tempo através do tempo cronológico, usando relógios ou calendários, temos ainda outros tipos de tempo: o tempo geológico, que se refere às mudanças ocorridas na crosta terrestre, e o tempo histórico que está relacionado às mudanças nas sociedades humanas.
O tempo histórico tem como agentes os grupos humanos, os quais provocam as mudanças sociais, ao mesmo tempo em que são modificados por elas.
O tempo histórico revela e esclarece o processo pelo qual passou ou passa a realidade em estudo. Nos anos 60, por exemplo, em quase todo o Ocidente, a juventude viveu um período agitado, com mudanças, movimentos políticos e contestação aos governos. O rock, os hippies, os jovens revolucionários e , no Brasil, o Tropicalismo (Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, entre outros) e a Jovem Guarda (Roberto Carlos, Erasmo Carlos, entre tantos outros), foram experiências sociais e musicais que deram à década de 60 uma história peculiar e diferente dos anos 50 e dos anos 70.
Isto é o tempo histórico: traçamos um limite de tempo para estudar os seus acontecimentos característicos, levando em conta que, naquele momento escolhido, muitos seres humanos viveram, sonharam, trabalharam e agiram sobre a natureza e sobre as outras pessoas, de um jeito específico.
A história não é prisioneira do tempo cronológico. Às vezes, o historiador é obrigado a ir e voltar no tempo. Ele volta para compreender as origens de uma determinada situação estudada e segue adiante ao explicar os seus resultados.

A contagem do tempo histórico

O modo de medir e dividir o tempo varia de acordo com a crença, a cultura e os costumes de cada povo. Os cristãos, por exemplo,  datam a história da humanidade a partir do nascimento de Jesus Cristo. Esse tipo de calendário é utilizado por quase todos os povos do mundo, incluindo o Brasil.
O ponto de partida de cada povo ao escrever ou contar a sua história é o acontecimento que é considerado o mais importante.
O ano  de 2008, em nosso calendário, por exemplo, representa a soma dos anos que se passaram desde o nascimento de Jesus e não todo o tempo que transcorreu desde que o ser humano apareceu na Terra, há cerca de quatro milhões de anos.
Como podemos perceber, o nascimento de Jesus Cristo é o principal marco em nossa forma de registrar o tempo. Todos os anos e séculos antes do nascimento de Jesus são escritos com as letras a.C. e, dessa maneira, então 127 a.C., por exemplo, é igual a 127 anos antes do nascimento de Cristo.
Os anos e séculos que vieram após o nascimento de Jesus Cristo não são escritos com as letras d.C., bastando apenas escrever, por exemplo, no ano 127.
           
O uso do calendário facilita a vida das pessoas. Muitas vezes, contar um determinado acontecimento exige o uso de medidas de tempo tais como século, ano, mês, dia e até mesmo a hora em que o fato ocorreu. Algumas medidas de tempo muito utilizadas são:
  • milênio: período de 1.000 anos;
  • século: período de 100 anos;
  • década: período de 10 anos;
  • qüinqüênio: período de 5 anos;´
  • triênio: período de 3 anos;
  • biênio: período de 2 anos (por isso, falamos em bienal).

Entendendo as convenções para contagem de tempo
Para identificar um século a partir de uma data qualquer, podemos utilizar operações matemáticas simples. Observe.
  • Se o ano terminar em dois zeros, o século corresponderá ao (s) primeiro (s)algarismo (s) à esquerda desses zeros. Veja os exemplos:

                                   ano 800: século VIII
                                   ano 1700: século XVII
                                   ano 2000: século XX

  • Se o ano não terminar em dois zeros, desconsidere a unidade e a dezena, se houver, e adicione 1 ao restante do número, Veja:
                                   ano 5:               0+1= 1                       século I
                                   ano 80:             0+1= 1                       século
I
                                   ano
324           3+1=4                         século IV
                                   ano 1830         18+1=19                     século XIX
                                   ano 1998         19+1=20                     século XX
                                   ano 2001         20+1=21                     século XXI
                                 

Planejamento anual de História 1º Bimestre

PLANEJAMENTO ANUAL – 2012


DISCIPLINA: HISTORIA       ANO: 6º
PROFª: Nair  Silva
OBJETIVO GERAL:
Compreender que a história é construída coletivamente num processo contínuo de mudança e permanência, semelhanças e diferenças, e que o passado se articula com o presente e futuro. Assim, entender as relações entre os homens ao longo dos tempos
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OBJETIVO ESPECIFICOS DE APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS
ESTRATÉGIA
METODOLOGIA
RECURSOS:
AVALIAÇÃO
1º BIMESTRE
Resgatar os aspectos culturais de um determinado povo ou região para o entendimento do processo de desenvolvimento;

Caracterizar e analisar a importância das fontes históricas para o historiador no seu processo de construção do conhecimento histórico;

Entender o passado para a compreensão do presente.
Identificar o modo de vida, as crenças e os mitos dos grupos indígenas.

Compreender as diferenças culturais entre os povos indígenas e os conquistadores portugueses.
Ø Introdução
definição de 
História;

Ø A temporalidade;

Ø Fontes históricas;

Ø Evolução do homem;

Ø Pré-História Geral e da América;

Ø Os povos Indígenas
Aula expositiva;


Exercícios de



fixação;


Textos
informativos, debates, questionamentos sobre o tema;


Análise de mapas;


Cartazes, desenhos imagens dos povos indigenas;


Comentarios, desenhos e cartazes, sobre os temas;


Trabalho em grupo
Trabalhar o ludico associando a aprendizagem;


Passeio ao Museu Arquiólogico Historico de Coxim MS..
Ø Mapas;

Ø Músicas;

Ø Textos;

Ø Lousa;

Ø Filmes;

Ø Passeio;

Ø Pesquisa;

Ø Xérox;

Ø Papel;

Ø Livro didático;


Ø dvd
prova no Sistema do SAEB

Trabalho em sala;
Exercícios periódicos;

Trabalho em grupo;
Acompanhamento dos alunos no processo.

AVALIAÇÃO QUALITATIVA
1-Assiduidade.
2-Participação nas aulas.
3-Realização das atividades sugeridas e deveres.
4-Organização.
5-Comportamento.
6-Respeito.
7-Material básico para as aulas.
8-Responsabilidade.
9-Companheirismo.
10-Preservação do patrimônio.




Fontes históricas

Fontes históricas


A análise do passado deve ser estudada por meio dos vestígios das atividades humanas, que é conhecido como fontes históricas. Existem vários tipos de fontes históricas, como as fontes materiais, as orais, iconográficas e as escritas.

  • As fontes materiais são os vestígios materiais da atividade humana e que incluem as fontes arqueológicas em geral, os instrumentos de trabalho, os monumentos, as moedas, entre muitas outras. Algumas ciências auxiliares da história são dedicadas a este tipo de fontes, como a Arqueologia, que é uma ciência que estuda o passado humano a partir dos vestígios e restos materiais deixados pelos povos que habitaram a Terra.
  • As fontes orais incluem toda a informação e tradição que se mantém conservada na memória das pessoas e passada oralmente de uns para outros.
  • As fontes iconográficas são as que representam imagens (uma gravura, uma fotografia, um filme).     
  • As fontes escritas normalmente são mais utilizadas e se diferenciam pelo suporte e técnica utilizados na escrita. No estudo das épocas Moderna e Contemporânea, as fontes escritas utilizadas são normalmente classificadas em manuscritas e impressas.


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Árvore Genealógica

Árvore Genealógica

A árvore genealógica é uma representação das pessoas que tiveram participação na existência de uma pessoa ou família, ou seja, é o histórico que levanta dados sobre os ancestrais dos mesmos de forma que fiquem conhecidas as conexões estabelecidas entre esses. Normalmente coloca-se o nome do ancestral mais antigo de que se conseguiu dados e, a partir desse, seus descendentes até chegar ao membro mais novo da família ou então até na pessoa que se tem interesse.

Para montar a árvore genealógica é preciso primeiramente descobrir de onde vieram os ancestrais de uma família, o que pode ser feito buscando a origem dos sobrenomes do pai e da mãe de um indivíduo. Posteriormente devem ser anotados os seguintes dados:

Nome completo de todas as pessoas pesquisadas;
Data e local do nascimento das mesmas;
Certidão de casamento, constando data e local;
Certidão de óbito, constando data e local;
Informações gerais sobre cada indivíduo, como profissão, escolaridade, títulos especiais, história da família no Brasil, origem do nome, do sobrenome e mais.

É importante separar a pesquisa de cada pessoa, por exemplo, do pai, da mãe, do avô paterno, do avô materno, da avó paterna, da avó materna, dos tios, das tias, primos, primas e sucessivamente. É importante saber distinguir o que é fato e o que é fofoca familiar, pois existem pessoas que transmitem informações deturpadas sobre outras pessoas, dificultando assim o real conhecimento.

A árvore genealógica é muito importante para as pessoas, pois através delas pode-se conhecer a origem familiar e ainda descobrir a origem de problemas, anomalias e doenças genéticas.

Retirado da net:


Como apresentar um trabalho na frente de toda a sala?

Como apresentar um trabalho na frente de toda a sala?


Existem pessoas que não conseguem falar bem quando estão com toda a atenção voltada para si. No período escolar são inúmeras as vezes que o aluno tem que apresentar um trabalho, uma maquete, um exercício ou outras atividades que o coloca sobre evidência aos demais que estão presentes na sala de aula. Como lidar com a insegurança e a timidez ao falar?

Os sinais quando se está prestes a falar para outras pessoas são sempre os mesmos: frio na barriga; suor, principalmente nas mãos; vontade de urinar; insegurança e voz trêmula. Para conseguir lidar com essas situações é importante seguir algumas regrinhas básicas:

Dominar o assunto a ser apresentado, ler o material não é bom;
Buscar a melhor maneira de se apresentar à frente, de pé ou sentado;
Falar de forma clara com o vocabulário adequado para a situação (para que o objetivo seja atingido);
Determinar um tempo para a apresentação;
Falar com boa intensidade e velocidade, nem alto e nem baixo, nem devagar e nem rápido;
Mostrar entusiasmo na apresentação para despertar interesse daqueles que ouvem para o que é apresentado;
Não tente se desculpar se por acaso der algum deslize e nem se justifique, apenas corrija;
Olhar diretamente para as pessoas para que inspire confiança;
Busque materiais de apoio que auxilie na lembrança do que deve ser falado;
Evitar olhar para colegas que buscam tirar sua concentração;
Ao final, enfatizar os pontos principais apresentados e por fim;
Esclarecer dúvidas que possam existir.

Apesar de seguir à risca o que está descrito acima, poderá ainda haver o aparecimento do nervosismo e do friozinho na barriga, porém insegurança não.
     


Retirado da net:

A História da erva Mate.

Em MS a popupação consume muito a erva mate , principalmente para tomar o tereré, Muito consumida em dias quentes...


Xamã guarani

Cabaças (mati, em quíchua) em Cochas Chico, em Huancayo, no Peru

Armadilha de caça dos índios xetás

Desenho de 1833 retratando índios charruas tomando mate

Distribuição pré-colombiana das línguas charruas
 
Antes da chegada dos europeus à América, os índios guaranis já usavam as folhas da erva-mate (chamada de ka'a karai, "folha sagrada", ou côgoi, palavra esta que foi posteriormente adaptada ao idioma português como "congonha") para preparar uma bebida estimulante. Era o chamado ka'a y (traduzido do guarani, "água de folha"). As folhas da erva eram colocadas em uma cuia com água e o líquido era então chupado através de uma taquara, caniço ou osso (o chamado tacuapi), filtrado através de um trançado de fibras vegetais. Segundo o mito guarani, a bebida foi descoberta quando um velho índio não conseguiu mais acompanhar as andanças da tribo devido à sua idade avançada e teve que ficar para trás. Sua filha decidiu ficar com ele, mas ele queria que ela seguisse com a tribo, então o deus Tupã (ou então São Tomé) lhe ensinou a preparar uma bebida com as folhas da erva-mate, bebida esta que lhe daria forças e que permitiria a ele e a sua filha acompanharem a tribo. Os índios guaranis costumavam armazenar as folhas de erva-mate em cestas de taquara.
A bebida era consumida também pelos índios carijós, xetás, guairás, charruas, caingangues (que chamam o chimarrão de kógwuin) e os incas, pois todos eles mantinham relações comerciais com os guaranis. O termo "mate" tem origem no idioma dos incas, o quíchua, através do vocábulo mati, significando "cuia, recipiente" e designando a cabaça na qual até hoje se bebe a infusão de erva-mate. O termo "porongo", que nomeia a planta que fornece a cuia usada para beber o mate, também vem do quíchua, significando "vaso de barro com o gargalo estreito e comprido" .
Os colonos espanhóis no Paraguai observaram que os índios guaranis eram viciados na bebida e inicialmente os jesuítas espanhóis proibiram seu consumo devido a seus supostos efeitos afrodisíacos, qualificando a planta como "erva do diabo". Mas os espanhóis não tardaram a experimentar a bebida e aprová-la, passando a utilizá-la como ingrediente básico da sua dieta alimentar. Diz-se que o primeiro contato dos europeus com a bebida foi quando as tropas do general espanhol Irala se encontraram com os índios guaranis da região de Guaíra (atual estado brasileiro do Paraná), em 1554 e observaram o consumo generalizado da bebida entre os índios.
Os jesuítas espanhóis, que organizaram grandes aldeamentos de índios catequizados (as chamadas missões ou reduções), organizaram o cultivo e a produção da erva-mate e passaram a abastecer os colonos espanhóis em toda a bacia platina (Argentina, Paraguai, Uruguai e Rio Grande do Sul), conseguindo grandes lucros com o comércio da erva. Os jesuítas destacaram-se na produção da erva, pois seus métodos secretos de produção permitiam-lhes obter uma erva-mate de qualidade muito superior à de outros produtores. Os jesuítas estimularam o consumo de mate pelos índios das missões como forma de combater o perigo do alcoolismo.
Foram os europeus que introduziram o metal nos apetrechos do mate: a bomba passou a ser feita de prata (abundante na região na época, oriunda das minas de Potosí, na atual Bolívia), com detalhes em ouro. A bomba passou a contar com um pequeno adorno colorido perto do bocal chamado "pitanga" (uma referência à pequena fruta vermelha homônima de aspecto semelhante), que tem a função prática de indicar o lado da bomba que deve ficar voltado para cima. A cuia passou a ter o bocal revestido de prata. E foi criada uma armação de metal para sustentar a cuia, quando ela não estivesse sendo usada. Para os menos abastados, em vez da prata era utilizado outro metal branco menos valioso, como a alpaca ou o alumínio. A água usada no preparo do mate pelo índios guaranis era, inicialmente, fria. Foram os europeus que passaram a utilizar água quente no preparo da bebida, muito provavelmente para evitar doenças oriundas de água contaminada não fervid. Os europeus também passaram a armazenar a erva-mate em bolsas impermeáveis de couro, os chamados "surrões"

Ruínas das missões jesuíticas em São Miguel das Missões, no estado brasileiro do Rio Grande do Sul

Morro Rico, em Potosí, na Bolívia

Bomba de metal

Pitanga (Eugenia uniflora)
A palavra castelhana cimarrón, que significa "selvagem" e que era utilizada para se referir ao gado bovino que havia sido introduzido pelos espanhóis na América do Sul e que havia se dispersado, tornando-se selvagem, foi usada pelos luso-brasileiros do Rio Grande do Sul para designar a bebida, que passou a ser conhecida como chimarrão.

Estátua do Laçador, em Porto Alegre, no Brasil
Os índios da atual região sudeste dos Estados Unidos utilizavam uma planta aparentada à erva-mate para produzir um chá que tinha supostos efeitos purificadores. A planta era a Ilex vomitoria e o chá era chamado de "bebida negra", "bebida branca", "cassina" ou yaupon. O chá era consumido em uma grande concha ornamentada. Muitas vezes, seu uso era seguido de vômito, também com efeito supostamente purificador. Com a expulsão dos índios da região para o interior dos Estados Unidos, onde não existia a Ilex vomitoria, o uso do chá desapareceu, permanecendo somente na região costeira do atual estado da Carolina do Norte.

Mapa mostrando o uso da Ilex vomitoria entre as tribos do sudeste dos Estados Unidos

Gravura do século XVI de Jacques le Moyne mostrando o consumo da "bebida negra" pelos índios timucuas da Flórida
No século XVIII, com a expulsão dos jesuítas da América, ocorreu uma desorganização no setor produtivo da erva-mate. Isto estimulou o crescimento da extração de erva-mate na região dos atuais estados brasileiros do Paraná e de Santa Catarina. O primeiro engenho brasileiro de erva-mate a obter autorização de funcionamento foi o de Domingos Alzagaray, argentino residente na cidade de Paranaguá, no ano de 1808. A indústria da erva-mate passou a movimentar toda a economia do litoral e do planalto paranaense (na época, ainda pertencentes à Capitania de São Paulo). Os engenhos eram, inicialmente, movido a energia hidráulica, a qual movimentava rodas que, por sua vez, movimentavam os pilões que batiam e reduziam a pó os ramos de erva-mate. Posteriormente, a energia hidráulica dos engenhos foi substituída por energia a vapor. O pó de erva-mate produzido pelos engenhos era acondicionado em sacos feitos de bexiga de boi costurada chamados surrões. Datam, dessa época, os "homens verdes", como eram chamados os operários dos engenhos de erva-mate, que ficavam cobertos pelo pó verde resultante do processamento da erva-mate.
Enquanto isso, na Europa, a erva-mate já era conhecida, só que pelo nome de "chá dos jesuítas" e era cultivada em jardins botânicos. No século XVIII, a planta foi classificada no atlas do botânico sueco Lineu com o nome de Ilex paraguariensis ou Ilex brasiliensis.

O botânico sueco Carlos Lineu
Em 1822, durante uma viagem de seis anos pelo interior do Brasil, o botânico francês Auguste Saint-Hilaire descreveu cientificamente a planta.

O botânico francês Auguste Saint-Hilaire
Em 1834, o imigrante espanhol José Caetano Munhoz fundou, na cidade de Curitiba, no Brasil, um engenho de erva-mate que seria o início da companhia Real de chá[13].
Em 1835, teve início a Revolução Farroupilha, que pretendia separar o Rio Grande do Sul do resto do Brasil. Confeccionou-se um brasão para a república separatista, fazendo parte do brasão um ramo de erva-mate.
Durante o século XIX, o Paraguai se isolou dos outros países, proibindo a exportação de erva-mate para fora do país. Isto fez a Argentina e o Uruguai substituírem a erva-mate paraguaia pela brasileira, desenvolvendo ainda mais seu cultivo no Paraná e em Santa Catarina. Era o chamado Ciclo da Erva-mate no Paraná e em Santa Catarina, que gerou a chamada "nobreza da erva-mate": os donos dos engenhos de erva-mate. Data, dessa época, a maioria das construções históricas na região. Como consequência desse processo de desenvolvimento, o Paraná se separou da província de São Paulo para constituir a província do Paraná em 1853. Quanto ao Paraguai, o seu processo de isolamento internacional culminou na eclosão da Guerra do Paraguai em 1864. Após a derrota paraguaia, o nordeste paraguaio foi anexado definitivamente pelo Brasil e o sudeste paraguaio, pela Argentina. Ambas as regiões anexadas eram grandes produtoras de erva-mate, que passaram a abastecer os seus respectivos mercados nacionais.
Após a guerra, o imperador brasileiro dom Pedro II concedeu ao comerciante Thomas Larangeira o direito de exploração de erva-mate no território paraguaio anexado, como recompensa por sua atuação na guerra. A primeira sede da Empresa Matte Larangeira, depois Companhia Matte Larangeira, foi, no entanto, a cidade paraguaia de Concepción, a partir de 1877. Posteriormente, a companhia se mudou para as cidades brasileiras de Porto Murtinho (no atual estado de Mato Grosso do Sul) e Guaíra (no estado do Paraná).
A partir do final do século XIX, o transporte da erva-mate, que era feito através de mulas, passou a ser feito por carroças, que foram introduzidas pelos imigrantes alemães, poloneses e ucranianos Logo em seguida, passaram a ser utilizados o transporte fluvial através do Rio Iguaçu e o transporte ferroviário, através da recém-construída estrada de ferro Curitiba-Paranaguá que facilitou o escoamento da erva-mate produzida no planalto paranaense para os portos no litoral. Nessa época, os surrões (sacos de bexiga de boi costurada) que acondicionavam a erva-mate passaram a ser substituídos por barris de madeira, gerando um novo ciclo econômico na região: o Ciclo da Madeira.
Em 1901, foi inaugurada, em Curitiba, no Brasil, a Leão Júnior, que iria produzir o famoso matte Leão.
No início do século XX, Don Juan Eladio Stepaniuk, filho de imigrantes ucranianos, iniciou a plantação de erva-mate na cidade argentina de Oberá, na província de Misiones. Tal empreendimento iria resultar na importante empresa de erva-mate Molinos La Misión S.A.
Em 1918, foi oficializado o brasão do estado brasileiro de Mato Grosso, do qual faz parte um ramo de erva-mate.
Em 1920, foi lançado o primeiro chá mate do Brasil, pela empresa Real, na cidade de Curitiba. O novo tipo de consumo da erva-mate, tostada, buscava imitar o aspecto escuro do famoso chá preto inglês produzido na Índia e no Ceilão. O consumo do chá feito com erva-mate tostada se espalhou então pelo Brasil].
Em 1932, eclodiu a Guerra do Chaco entre Paraguai e Bolívia. Segundo a lenda, os soldados paraguaios passaram a tomar o mate frio, para não acender fogueiras que denunciariam sua posição ao inimigo. Deste costume, teria surgido o hábito paraguaio do tereré. O tereré teria penetrado no Brasil pela cidade de Ponta Porã e, daí, se expandido para o resto do atual estado brasileiro do Mato Grosso do Sul, já com o nome aportuguesado para "tereré" (com o "e" final aberto).
Em 1935, foi criado o brasão da cidade de Guarapuava, no estado brasileiro do Paraná. No brasão, consta um ramo de erva-mate, um dos pilares da agricultura da cidade.
Em 1943, o presidente brasileiro Getúlio Vargas anulou a concessão da Companhia Matte Larangeira, determinando sua extinção.
Nessa época, acontecia a Segunda Guerra Mundial, que dificultou a exportação do chá indiano para o resto do mundo. Como consequência, foi incentivada a produção de chá mate tostado em sachês, que passou a substituir o chá inglês importado da Índia. O chá mate passou a ser servido gelado. No caso da cidade brasileira do Rio de Janeiro, o chá mate gelado passou a ser vendido nas praias por vendedores ambulantes uniformizados, tornando-se uma bebida típica da cidade.
Em 1945, foi fundada, em Santa Rosa, no estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, a indústria de erva-mate Vier.
Em 1947, foram oficializados os atuais brasão e bandeira do estado brasileiro do Paraná, contendo ambos um ramo de erva-mate.
Em 1953, foi criada a província argentina de Misiones no território paraguaio anexado pela Argentina ao final da Guerra do Paraguai. Em 1959, foi criado o brasão da província, contendo dois ramos de erva-mate.
Em 1958, foi fundada, em Ponta Porã, no atual estado de Mato Grosso do Sul, no Brasil, a empresa Erva Mate Santo Antônio].
Até a década de 1960, a maior parte da erva-mate era obtida através de colheita da erva em ervais de matas nativas. A partir dessa época, o avanço da agropecuária sobre as matas nativas fez com que se difundisse a plantação de erva-mate em sistema de monocultura.
Em 26 de dezembro de 1963, foi criado o município de Ilópolis, no Rio Grande do Sul, no Brasil. O nome era uma referência ao nome científico da erva-mate, Ilex paraguariensis. Como "pólis" vem do grego, significando "cidade", Ilópolis significa "cidade da erva-mate".
Em 1966, foi oficializado o brasão do estado brasileiro do Rio Grande do Sul, que adotou quase sem alterações o antigo brasão da Revolução Farroupilha.
Em 1976, foi inaugurada na cidade brasileira de Cascavel a Mate Laranjeiras Ltda].
Em 1977, a porção sul do estado brasileiro de Mato Grosso (correspondendo em grande parte ao território paraguaio que havia sido anexado pelo Brasil ao final da Guerra do Paraguai) se tornou um estado brasileiro autônomo, o Estado de Mato Grosso do Sul. Dois anos depois, foi oficializado o brasão do novo estado, contendo um ramo de erva-mate.
No final da década de 1970, foi fundado o Rei do Mate, uma loja especializada na venda de chá mate gelado, na Avenida São João, próximo à Avenida Ipiranga, no centro da cidade brasileira de São Paulo. Tal loja daria origem à conhecida rede de franquia especializada em chá mate.
Em 1986, foi fundada a Ximango Indústria de Erva-mate, em Ilópolis, no Rio Grande do Sul, no Brasil.
Em 1988, foi criado o município de Erebango, no Rio Grande do Sul, no Brasil. Um dos elementos do brasão do novo município era uma cuia de chimarrão com um ramo de erva-mate e uma roda denteada, simbolizando a importância da planta e da bebida para a cultura e para a economia da nova cidade.
Em 15 de abril de 1992, foi fundada a Agromate Fucksa, em Canoinhas, em Santa Catarina, no Brasil.
Em 21 de janeiro de 1994, foi fundada, em Rio das Antas, em Santa Catarina, no Brasil, a Indústria e Comércio de Erva-Mate Mazutti Limitada. No mesmo ano, foi inaugurada a primeira loja da rede especializada em chá mate MegaMatte, no Largo do Machado, no bairro do Catete, na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. A rede, nos anos seguintes, se expandiria por vários outros estados brasileiros.
Em 1995, a banda brasileira de rock Engenheiros do Hawaii lançou uma música em homenagem à erva-mate intitulada "Ilex Paraguariensis".
Em 1999, foi oficializado o brasão da cidade de Guarapuava, com um ramo de erva-mate, representando a importância da planta para esta cidade do interior paranaense.
Em 2001, a grave crise financeira argentina fez aumentar o consumo de mate naquele país, pois o mate era mais barato que o café. Além disso, o hábito do mate, que era estritamente caseiro, passou a invadir os restaurantes, bares e até mesmo aviões argentinos[Atualmente, o Brasil é o maior produtor mundial de erva-mate, seguido por Argentina e depois Paraguai[ O Uruguai é o país com o maior consumo mundial de mate per capita. A maior parte do mate exportado pela Argentina vai para a Síria (para abastecer os imigrantes sírios na Argentina que retornaram para a Síria e a maior parte do mate exportado pelo Brasil vai para o Uruguai.